"O AMOR ME MOVE: SÓ POR ELE EU FALO"

(Dante Alighieri)

sábado, agosto 29, 2009

"Gosto. Parece uma coisa que eu sinto às vezes por dentro e nem sei bem como é".

Caio F. Abreu
"Não quero complicar nada. Nunca quis. Também não queria falar. Mas eu não podia simplesmente receber você com a cara de ontem."

Caio F. Abreu

sexta-feira, agosto 28, 2009

"Eu sou, sem ter consciência disso, uma armadilha. Apesar de sagaz, não compreendo realmente o que está me acontecendo. E o mundo a me exigir decisões para as quais não estou preparada.~

Clarice Lispector

quarta-feira, agosto 26, 2009

" Não era bom nem mau: era apenas perfeito"

Caio F
"Há muita coisa a dizer que não sei como dizer. Faltam as palavras.~

Clarice Lipsector
" Estava tudo muito bonito, e muitas vezes eu choro quando tudo está assim, bonito."

Caio F. Abreu

terça-feira, agosto 25, 2009

"É tempo de me fazer, eu sei."

Caio F. Abreu

segunda-feira, agosto 24, 2009

" Faz frio. EStou frio por dentro também. Acabei me entristecendo com as coisas que escrevi. As verdades, porque as mentiras não entristecem.""


Caio F. Abreu
"Tenho a impressão que alguma coisa muda e muda forte. Não sei bem o quê."

Caio F. Abreu
"Ué, você não escolheu? "

sábado, agosto 22, 2009

"Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina - ela repetiu olhando-se bem nos olhos em frente ao espelho. Ou quando começa: certos sustos na boca do estômago. Como carrinho de montanha-russa, naquele momento lá no alto, justo antes de despencar em direção. Em direção a quê? Depois de subidas e descidas, em direção àquele insuportável ponto seco de agora."
Caio F. Abreu

sexta-feira, agosto 21, 2009

"Há muitas perdas quando se termina algo que não se queria ter terminado: muda-se a auto-imagem, alegrias ficam suspensas, sonhos desaparecem por um tempo e nenhuma cor na paisagem. O cotidiano fica obscurecido por aquela lacuna aberta no meio do que era a parte mais interessante dos dias.(...)"

Marla Queiroz

quinta-feira, agosto 20, 2009

"Quero perder-me nele, como o que nunca terei, mas quando fecho também meus braços em torno de suas costas, aproximando-o de mim para que nossos dois corpos se confundam, para que nossos cheiros se misturem, para que pelo menos por um segundo sejam, eu, ele, uma coisa única..."

(Triângulo ds águas)
Caio Fernando Abreu
"Suspiro, sorrio, desfaço o abraço."

Caio
" Eis que os meus dias estão todos muito bem maquiados, e tão coloridos que chegam a ser ridículos. Meu Deus, eu só preciso de força. Eu repito todos os dias. (...) Dói tanto saber. Felicidade não rima com angústia. Mas ainda não me acostumei a não te contar meus dias, a não imaginar o seu sorriso quando eu faço algo que... Se soubesse diria que eu sou uma... uma... meninamimadaquenãosabeoquequer? Não, não sou uma meninamimadaquenãosabeoquequer. Por que eu até sei o que eu quero..."
"Tenho medo de te ferir. Mas acho que precisamos 'falar seriamente'. Desculpe, mas acho que sim, sem fantasia, sem comicidade. Me pergunto sempre se você não teceu em volta de mim uma porção de coisas irreais..."


Caio F. Abreu
"Naquela tarde, porque chovia e não havia luz suficiente para que eu pudesse permanecer na sala, vendo as cores dos vidros desdobradas em outras sobre os objetos, tinha caminhado pela casa toda procurando algo para fazer.(...) percebi que não gostaria de permanecer ali sentado(...)"

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, agosto 19, 2009


Mandei para a lavanderia os lençóis verde-clarinhos que ainda guardavam o cheiro de Ana - e seria cruel demais para mim lembrar agora que cheiro era esse, aquele, bem na curva onde o pescoço se transforma em ombro, um lugar onde o cheiro de nenhuma pessoa é igual ao cheiro de outra pessoa...


Caio Fernando Abreu
"Qualquer dia faço uma loucura, faz nada, você está nessa marcação faz mais de dez anos. Mais de dez anos. A gente se entrega nas menores coisas"

Caio F. Abreu
"Como se volta sempre para um caso de amor desesperado e desesperançado, cheio de fantasias de que amanhã ou depois, quem sabe, possa ter conserto."

Caio Fernando Abreu
"Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormirvezenquando até sorrio..."

Caio.
"...E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas."

Martha Medeiros

terça-feira, agosto 18, 2009

"Olhava para mim, ali estendido sobre almofadas. Um vinco, eu via atentamente, um vinco partindo seu lábio inferior, quase emendado com outro que subia da extremidade do queixo até a borda do lábio inferior, onde o vinco anterior unia os dois num só, duas gotas de chuva se encontrando. Acho que o aceitei inteiramente nesse momento, ao perceber os contornos do rosto que me olhava com estranheza, como pedindo explicações ou tentando explicar a mim mesmo para mim, que não me via."
Caio F. Abreu

segunda-feira, agosto 17, 2009

"Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.Não sou pedaço. Mas não me basto."

Caio Fernando Abreu
"Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço".


Clarice Lispector
"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas,pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel.Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração."
"Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo. Dormiam juntos, no sonho, porque era bom para um e para outro estarem assim juntos, naquele outro espaço. Não vinha nada de fora, nem ninguém. (...)Dormiam juntos, apenas. Isso era limpo e nítido".

Caio Fernando Abreu

domingo, agosto 16, 2009

Deitada no ombro dele, ela via seu rosto muito próximo. Esse era o sonho, nada mais."

Caio F. Abreu

quarta-feira, agosto 12, 2009

"Estou tão desintegrado. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração."

Caio F. Abreu
Coração Dolorido.

E agora, o que faço?
"Mas não se pode agir assim, a amiga avisou no telefone. Uma pessoa não é um doce que você enjoa, empurra o prato, não quero mais. Tentaria, então, com toda a delicadeza possível, sem decidir propriamente decidiu no meio da tarde — uma tarde morna demais, preguiçosa demais para conter esse verbo veemente: decidir. Como ia dizendo, no meio da tarde lenta demais, escolheu que — se viesse alguma sofreguidão na garganta, e veio ..."

Caio F. Abreu

terça-feira, agosto 11, 2009

Ou Isto ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . . e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranqüilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo.


Cecília Meireles

segunda-feira, agosto 10, 2009


"você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço."


Caio F. Abreu

domingo, agosto 09, 2009

"Então fechei os olhos, viajei. E como quem gira um caleidoscópio, vi:

Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais. "
Caio F. Abreu

sábado, agosto 08, 2009

"Na terra do coração passei o dia pensando - coração meu, meu coração. Pensei e pensei tanto que deixou de significar uma forma, um órgão, uma coisa. Ficou só com-cor, ação - repetido, invertido - ação, cor - sem sentido - couro, ação e não. Quis vê-lo, escapava. Batia e rebatia, escondido no peito. Então fechei os olhos, viajei."
Caio F. Abreu

sexta-feira, agosto 07, 2009

"O dia de ontem Ainda ontem à noite..."

Caio F. Abreu

quinta-feira, agosto 06, 2009

" bebida alcoólica resultante do processo de destilação da planta Agave tequilana, vulgarmente conhecida como "tequila". ''

Tinton



Teus olhos me olham longamente, imperiosamente... de dentro deles teu amor me espia. Teus olhos me olham numa tortura de alma que quer ser corpo, de criação que anseia ser criatura Tua mão contém a minha de momento a momento: é uma ave aflita meu pensamento na tua mão. Nada me dizes, porém entra-me a carne a persuasão de que teus dedos criam raízes na minha mão. Teu olhar abre os braços, de longe, à forma inquieta de meu ser; abre os braços e enlaça-me toda a alma. Tem teu mórbido olhar penetrações supremas e sinto, por senti-lo, tal prazer, há nos meus poros tal palpitação, que me vem a ilusão de que se vai abrir todo meu corpo em poemas.



Gilka Machado

terça-feira, agosto 04, 2009

"Se quer saber,nunca é tarde demais para ser quem você quer ser.Não há limite de tempo, comece quando você quiser.Você pode mudar ou ficar onde está.Não há regras para esse tipo de coisa.Você pode encarar a vida de forma positiva ou negativa.Espero que encare de forma positiva.Espero que veja coisas que surpreendam você.Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes.Espero que conheça pessoas com pontos de vista diferentes.Espero que tenha uma vida da qual você se orgulhe.E se descobrir que não tem,espero que tenha forças para começar novamente."
Filme: O curioso caso de Benjamin Button

segunda-feira, agosto 03, 2009

Que triste, essa sensação de ser esquecida. Não falo do esquecimento da pessoa amada, falo do esquecimento da presença, do saber se onde, do esquecimento do próximo encontro, do próximo contato, do próximo sorriso. Falo da ausência consentida que se pepetua. Falo do não saber se onde nem quando...

A Perfeição

O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.
(Clarice Lispector)

domingo, agosto 02, 2009

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."

sábado, agosto 01, 2009

Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.

(Clarice Lispector)

Hoje, 5 anos de namoro!

Rifa-se um coração

Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...". Um idealista... Um verdadeiro sonhador... Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras. Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo. Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto. Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções. Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e se recusa a envelhecer". Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente. Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo. Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina. Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta.

(Clarice Lispector)